

Carnaval
Reza a História que em 1861 desembarcou no Rio de Janeiro o Entrudo; uma festa tradicional portuguesa criada por gente pobrete mas alegrete.
Quase duzentos anos depois surge também por lá o primeiro Zé tuga: o nosso Zé Pereira, menos conhecido por José Nogueira de Azevedo Paredes que de figura foliona e anafada do bombo era parte inseparável.
Passados que foram todos estes anos até 2006, o maior Carnaval do Mundo tem a marca lusitana e ponto final. ( Quem duvidar da seriedade da análise que consulte os anais em Ipariguá que o Perfeito explica tudo)
Serve esta pequena nota introdutória para esclarecer que os Pierrot e Arlequins desta nova geração são outros. As máscaras da Commedia dell'Arte dos séculos XV e XVI, que fizeram sucesso na Corte de Carlos VI também. E mesmo que se retrocedesse no tempo da Era Romana ou Egípcia o resultado era o mesmo.
Portanto, compinchas e foliões dos Dias Magros e da expressão latina de "carne, vale !", vamos mascarar-nos! Tentar imitar Baco (Dionísio para os gregos) e homenagear Pã. Vestir de cores garridas o protesto e fazer do Bacanal um ritual. Só assim o Corso fará sentido.
Eu cá p’ra mim continuo a torcer pela Tijuca e pelo Benfica até que a verdade dialéctica venha ao de cima. Quem sabe não seremos o maior Carnaval do Mundo de emoções angustiadas já para a semana que vem quando chegar o recibo do ordenado deste mês de fantasias!?
Divirtam-se!
Tal como o homem da rádio, também eu acordo antes do trinar dum relógio já velhinho que me alerta para o começo de mais um dia de passos vazios.
Morreram as duas em silêncio. Sem avisar. Provavelmente, sabendo que nunca queriam dar trabalho aos outros. Aqueles outros em que estes próximos dias não vão ser fáceis de esquecer.