Crónicas de férias um
O sol quando nasce devia ser para todos.
Foi o que me diziam quando era pequenino. Mas afinal não é! Anda um tipo um ano inteiro a elaborar planos, a idealizar projectos e a definir as datas, e é isto: faz um tempo tal que quase não apetece sair de casa. Sendo já um dinossáurio, não sou tipo de Museus. Aprecio imenso uma boa peça de teatro, mas não me estou a ver sentado sem ter ao lado a minha pikena. Não sei, faz-me arrepios. Depois, ainda existe a hipótese cinematográfica. Mas sejamos sinceros; na minha idade quem é que vai para uma sala às escuras às 21:15 tendo o Clube de Vídeo quase ao lado? E depois não é só isso. No dia seguinte eu posso dormir até às tantas, mas ela não: work oblige! Daí pensei interrogar-me: “epá, vamos numa de piscina?”. E aí fui eu. Toalhinha debaixo do braço, cigarritos com fartura e alguns trocos na algibeira dos calções. Claro que o que se vê não é Copacabana nem a zona privada da minha amiga Fernanda. Foi apenas um dia para descontrair e tentar bater o meu recorde pessoal debaixo d’água. Consegui, mas ia morrendo submerso. Foi na altura que me lembrei que estava quase na hora da sardinhada. De qualquer forma, enquanto o estado climatérico não se alterar, vou tentar ler o que não li, ver o que não vi e saber do que não sei. Mas só até sábado, dia do Benfica-Sporting. Depois, "Gooooood morning...", Alentejo. Nem que chovam pedregulhos.
Mesmo que sejam grandes.
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