23.9.05



Um dia que nos seja especial tem sempre uma história para contar.
Contém segredos. Murmúrios cegos. Sinais que só o mar sabe de cor.

Num aflorar de esperança neste tempo escasso que nos resta, qualquer dia especial tudo pode transformar.
Pode até tornar algumas rimas e olhares diversos, em alquimias que tarde ou nunca se poderão dizer ou explicar.

Mas hoje é mais um dia de as poder contar.
Pelos dedos destas mãos por onde o sol passou. O vento uivou.
Nas alegrias e tristezas em que a vida de cada um se transformou.

Pode parecer um dia vinte e três como outro qualquer, nestas folhas ilustradas que marcam tempo. Simples e modesto como sempre foi. Assinalando apenas mais vinte e quatro horas de dias sempre iguais.

Não é o caso deste, minha amiga.
Minha amante.
Meu amor.

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