11.1.05



De volta ao meu cantinho, descobri em cada espaço acarinhado uma bela primavera que nos vê. E a cada nova descoberta junta-se um amigo, e por cada amigo renascem as palavras que não consigo transcrever.
A vida quase sempre nega as coisas que queremos, deixando-nos, por momentos breves, pensar que podemos ficar com elas. Desta vez, iludiu-me e enganou-se.
Ao vir aqui, senti que recuperei o mundo da minha meninice. O lado bom da minha criancice. O lado forte da minha pieguice.
Fiquei líquido.
Gelo e fogo ao mesmo tempo.
Tornei-me um labirinto de emoções.
Um mar revolto em sentidos variados e dispersos.
Um homem com um deus que não existe ou já morreu, mas ganhou o sol.
Na eterna questão de definir futuros em galhos de copas altas ou em ruas de algodão viscoso e cimento grado, aprendi na vida a não chorar. Da forma que sempre dói.
Mas hoje não consigo, Amigos.

Obrigado.

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