24.8.05



O 23 a vinte-e-quatro

Este tinha que ser diferente, pikena.
O regresso às loucuras. Às coisas que adiámos. Ao recuperar de outros sons, imagens, odores.

Porque fazia tempo que não pisávamos a relva onde “Proibido” está patente.
Fazia tempo que não trocávamos beijos na via pública, que não dançávamos até ao romper da aurora e não víamos o sol nascer assim tão perto.
Fazia tempo que a nossa indumentária não passava do classicismo trivial e nos comportávamos mal e até às tantas.
Fazia tempo que não mergulhávamos nus no mar da Caparica, e misturávamos o nosso suor naquela areia que ainda se lembrava de nós.
Fazia tempo que não abríamos uma garrafa de Champagne em cima das nossas rochas preferidas com dois copos de pé alto a escorrer pelas gargantas.
Fazia tempo que não cumpríamos as promessas de amor e jurar que voltaríamos.

Fazia tempo. Já não faz!

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