17.10.06



"Conhecer alguém aqui e ali, que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado."
Goethe

Poderia ser com estas palavras do filósofo, escritor e cientista alemão, que justificaria a minha entrada nesta brincadeira dos blogs. Para além de ter referido algures que, sendo extrovertido, cultivo amizades reais com relativo jeito, no que toca aos amigos virtuais sinto mais dificuldade. A anomalia é minha, eu sei. Talvez seja por ter entrado já tarde para a blogosfera e estar um pouco mais maduro do que a maioria das pessoas que encontrei. Mesmo assim, não aprendo e não tenho juízo nenhum.


Ainda agora me inscrevi em mais um dos serviços gratuitos disponibilizados na rede (a Facebox) que me garante a companhia de três milhões de almas. Juntando o Orkut e o Gazzag, e mais quatro ou cinco em que estou registado, estarei rodeado de mais de cem milhões de indígenas. Isto sem falar dos quatrocentos e tal blogs que tenho em carteira.


Claro que não mantenho contacto com todos. Também era melhor. Já me vejo aflito para responder aos que tenho ali ao lado quanto mais. Mas a questão que me coloco é simples: terei necessidade de ter tantos amigos à minha volta?


Talvez, porque a minha infância não foi famosa nesse sentido, e sinta a necessidade secreta de manter os que arranjei por aqui. (Traumas, é o que é)
Por isso, neste "arrumar da casa" que me levou os últimos três dias sem quase levantar o cu da cadeira, tive uma sensação esquisita ao verificar que tinha perdido alguns.

Não posso descurar os que me restam.

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