27.4.06



Uma no cravo...

Em qualquer altura de pronunciados discursos é de bom-tom usar gravata. Às riscas. Recuperando a moda italiana dos anos trinta. Laços também dão jeito em lugares bem frequentados. Agora cravos?

Os cravos só podem ser temperamentais, com cor de fogo. Furacões como Daniela Mercury e apaixonados como Ronaldo. Robustos, ferozes e justos, sem papas na língua. Puros.

Por isso, estou absolutamente de acordo que o homem do leme seja coerente com arranjos florais. O que é mais difícil entender é a descoberta que só agora faz ao incluir a exclusão e a justiça social como recadinhos de menino bem comportado. Quando esteve incluído durante dez anos a tentar desenvolver o país devia saber que os cravos também simbolizavam isso mesmo.

Que se lembre disso no(s) Dia(s) do Trabalhador antes que caia da cadeira.

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