30.6.03

Mas o mais importante é recordar um pouco a homenagem a Lion Marc-Vivien Foé.
Quem "andou" a jogar à bola, sabe disso. Mesmo aqui.
O mesmo se aplica às metamorfoses generalistas efectuadas pelos controladores oficiais do Sapo.
Primeiro o Pastilhas não é um blog. E se fosse, não era um blog qualquer.
Segundo (e em relação à coincidência) o Miguel já não é "serviço público".
Como diria o Pipi: foda-se, caralho!
Como é possível?
Isto é o fim do Mundo!!!
Não sei como é possível, mas o Ministério da Educação permite que qualquer pessoa verifique, on line, o nosso curriculum escolar mesmo que já tenhamos terminado de estudar há 50 anos. Se quiserem experimentar e ver se está correcto, o endereço é este.

29.6.03



Bom dia, boa tarde ou boa noite, conforme a hora em estiveres a ler este post.
Isto prova que um blog é tudo menos um diário. Estamos a fazer de conta que somos os mensageiros das novas que nos vai na alma e escrevemos para os outros. Muitas das vezes só me falta dizer: “Olá, eu sou o Eduardo e este é o meu blog nacional.”
Tem as suas vantagens que passo a explicar: na minha caixa de correio electrónico recebo as primeiras notícias (newsletters) do Washington Post, do Correio da Manhã, do Record e do Portal da Bolsa. Depois vem aqueles senhores do iBest, do Baixaki e do Zdnet a esclarecerem-me como posso ter o último grito tecnológico para o meu PC. Além, claro,da Fátima a transmitir-me as actualizações do Tudo para Blogs ponto com. Não é fácil dar seguimento a isto tudo ao mesmo tempo. Daí que já tenha detectado que estou a ficar dependente dos blogs. Logo que ligo a máquina, a primeira coisa que faço é ir aqui. Depois leio, por ordem aleatória, as novidades políticas à Esquerda e à Direita.
Notícias sobre livros, exposições ou filmes. Discos, Revistas, discursos ou entrevistas.
É só escolher e ter a sorte de apanhar os posts mais fresquinhos de quem está até às cinco da matina de volta do teclado. Só vou à rua para beber café e comprar cigarros.
Tenho cá tudo em casa, o que vou eu fazer p’ró quiosque?
É por estas e por outras que não me canso de lhes agradecer. Pode até ser por vaidade que muitos dos bloguistas blogueiam, mas não deixa de ser verdade que as coisas estão lá escarrapachadas para nosso uso pessoal. Como dizia o outro, é a Cultura, estúpido!

28.6.03



Não sei onde li isto, mas o certo é que não damos a atenção devida às pessoas. Das duas uma, ou andamos atarefados com a nossa própria imagem selectiva, ou somos, (eu e mais o cão) completamente despassarados e passamos ao lado da velocidade com que correm as coisas.
Isto vem a propósito de quê?...
Olha,... não sei!
Só sei que alguém já frisou ( e se não frisou devia ter frisado) a repetição exaustiva do tema BLOGUES,( termo que os mais ilustres aplicam em bom português e que eu não gosto. Para mim é BLOG e acabou-se. Ditador que se preze, funciona desta maneira.) na actualidade social contemporânea. Mas antes isso do que o “choradinho” dos Telejornais, as “pieguices” côr-de-rosa das Revistas sociais e os “atamancados" programas governamentais da “Cultura”.
Como tenho permanentemente de actualizar o meu (ainda não sei porquê, mas tá bem)
vai-se escrevinhando umas tretas da treta vezeira. Uns com mais sucesso, outros assim nem tanto. Hoje então, nem St.º António me salva, quanto mais todos os pedros da blogosfera. (porque não blogosterra?)
Mas no meu ver, “isto” é mesmo assim. Enquanto o sistema funcionar, gostamos de nos “ver”, “ouvir” e “falar” como uma coisa que é nova, diferente e apetecível, no termo mais generoso do verbo. No entanto, “não há mal que sempre dure nem bem que se não acabe”, lá diz a sapiência dum povo que, por acaso, somos nós Portugueses), de um momento para o outro” isto” pode acabar.
Para mim, a razão de ser das coisas tem que ter um significado, um objectivo. Sem que tenha de o ser no sentido objectivado da questão. (não bebes mais nada hoje)
Isto vem a propósito de quê? Olha... também não sei.
O que sei é que não nos devemos (eu e o cão) apegar muito a uma “coisa” que sabemos ser efémera.
A separação depois fica mais difícil e, cruelmente gravada, ficará na história das nossas passagens pelos blogs o que se escreveu, o que se viu e relatou, o que de bom e de “mau” a se assistiu.
Um blog é um blog, e a vida lá fora é tão pequenina que nem sequer vou perder mais tempo para refilar com a orientação que muita gentinha quer dar a uma coisa que nos sai quase de borla: que é ter um espaço onde se pode dizer todos os disparates, fazer de tudo uma brincadeira e, duma maneira geral na reflexão do que cada um é na realidade, podendo aprender e conhecer com tudo e com todos.
Os blogs, NÃO são uma forma de vida.
São apenas mais uma forma de passar por ela. Digo eu, não sei.
Parece que resolvi o problema dos acentos.
Já aparece o til no não ou não?
E no verão? Talvez não.
Não há bela sem senão, não? Uff... já não era sem tempo.
É assim:
Settings
Formating
Language - mudar para Português (Brasil)
Encoding - Verificar se está com Western-Windows 1252
... e pronto! Salva-se as mudanças e cá vão eles todos catitas a dizer "não, não e não" como na canção da Resende.

26.6.03

... E de referir que a Tânia, tem sido duma simpatia excepcional. Inclusivamente, se ela chegar ao ponto de c? vir, vai-me logo dizer como se resolve este pequenino problema com os acentos. ?h... queres ver?


Como qualquer vaidoso que se preze coloquei um contador. Ponto final e vou já mudar de parágrafo.
A finalidade, era tentar saber por este meio se o que está “posted” teria aceitaç?o num “mundo” t?o diversificado como a blogosfera. Cheguei, ao final de três dias, à conclus?o de que n?o!
Sei o que valho, sei o que faço, sei o que sou. Esta é uma das minhas bandeiras.
N?o atingi a escolaridade dos ilustres. N?o sei quase nada de inglês. No visitei o Louvre e s? vi duas telenovelas (Gabriela e Casar?o) . Estas s?o as bandeiras que eu nunca escondi.
Mas tenho ao meu encargo alguns blogs, qual deles o pior, que me proporcionam aquilo que mais me agrada: descontrair, apurar a minha fraca mobilidade intelectual, pesquisar ( s? tenho um ano de computador), muita aprendizagem e, acima de tudo, ler.
Ler os outros. Falar com eles. Ouvi-los.
Isso ninguém me pode tirar!

Da?, agradecer a gentileza de ser visitado ( nos que têm contador) pelos amigos desconhecidos que disponibilizam o seu tempo, talvez a tentar entender o que faço aqui. Como é a prova disso nas in?meras espiadelas destes mangan?es.
A Internet é t?o livre de si pr?pria que nem a pr?pria vontade pode alterar (isto deve soar a Kropoptkine) para que c? venha parar gente que pesquisa no Google, no Sapo ou no Yahoo!. ( Ao menos que aproveitem o som da m?sica...)
N?o sou, nem nunca fui, de desistências f?ceis. Continuarei a ler A Bola e as est?rias de. Dickens e Camillo. Sempre que poss?vel continuaremos na “voltinha” (eu e o meu c?o) por plan?cies desertas, por montanhas altas a ler cr?nicas em 35mm. Pararemos em locais à esquerda e à direita. Visitaremos este pa?s como jaquinzinhos ao vento. Nem que seja à marretada, porque contra isso n?o existem argumentos. Nem t?o pouco, cr?ticas obsessivas. Nada. Eles nem sabem que existo, quanto mais ser do Benfica.

No entanto, uma palavra de maior carinho pelas matinais sensaç?es com que acordo
no encanto de poder fumar um cigarro descansado enquanto recordo o amor de Evelyn.

Estes s?o os meus três trunfos. ?s, Manilha e Rei. Jogas mais?


*uma palavrinha de apreço ao Pedro F e ao bloco-notas pelo trabalh?o que esta brincadeira lhes d?. Mas é costume ouvir aos menos jovens que, “quem corre por gosto n?o cansa.” Assim continuem que de outros irei falar l? mais para o ver?o.

23.6.03



...ainda te lembras de quando não havia blogs?
...esta forma inacabada de chamar por ti.


Hoje, , uma data duplamente especial.
Estou feliz pela pessoa que amo , porque hoje é “pequenina”.
Estou grato pelo casamento que mantemos, que festejamos a 23 de todos os meses, essa felicidade e esse amor, com uma grande dose de compreensão que nos ajuda a ultrapassar as contingências desta vida salpicada de sonhos e contrariedades.
Hoje é dia 23. Dia de Amar quem com Amor nos paga. E para quem o gosta de fazer, todos os dias são vinte e três.
Para ti, Amor:

um dia hei-de escrever
o que te faça mais feliz.

um dia hei-de dizer
o teu espelho e magia.

um dia hei-de plantar
o teu amor e fantasia.

um dia,
a vinte e três,
que de tanto latejar
faz morrer o coração,
hei-de fazê-lo um dia.

22.6.03

Nao estou a vontade. Nao sei quem e PRD. Nao tenho acentos. Ai, ai... estou tao mal disposto. Ai que nao posso. Nao tenho palavras. Nao tenho vinho. Ai que nao posso...
Contento-me com uma singela homenagem a um debate que esta para vir.

E o ciume chegou como lume
Queimou, o seu peito a sangrar
Foi como vento que veio
Labareda atear, a fogueira aumentar
Foi a visão infernal
A imagem do mal que no bairro surgiu
Foi o amor que jurou
Que jurou e mentiu
Correm vertigens num grito
Direito ou maldito que há-de perder
Puxa a navalha, canalha
Não há quem te valha
Tu tens de morrer
Há alarido na viela
Que mulher aquela
Que paixão a sua
E cai um corpo sangrando
Nas pedras da rua





21.6.03

Obrigadinho ó malta minha.
Viemos agora da piscina (o meu cão não foi) e tenho um relatório a apresentar só a vocês.
No meio da petiscada, há um gajo no sítio da paparoca (não posso fazer publicidade ao Malecas) que pede assim:
"- Ó psst, faz favor, não tenho garfo..."
Eu levantei-me da minha mesa e levei-lhe o meu. Acho que fiz bem, porque o rapaz parecia estar com pressa.
Na volta lembrei-me duma ideia maluca, e fiz quase idêntica solicitação.
"-Ó faz favor, alguém tem um blog que me empreste...?"
Ficou tudo a olhar para mim como se tivesse fugido do Júlio de Mattos.
Afinal, os blogs ainda não chegaram à restauração. Pelo menos nesta zona.
Mas a "coisa" não fica por aqui. As boas-vindas ao João que tem lá uma coisa de que eu gosto imenso: intertextualidades.
Então com este calor...
E por falar em dois, eis a volta completas dos Pedros.
Um já cá estava, o Pedro. O outro Pedrocá está. Fiquem bem.

20.6.03



Um gajo não pode sair daqui um bocadinho que...é o que se vê.
Mortos” que ressuscitam, um blog que se estreia, e mais outro, e outro ainda. Não se pode sair de casa. Ah!... e ainda a surpresa de estar (novamente) em DESTAQUE no relatório do apontador de serviço. Ó rapaziada, não se dêem ao trabalho por minha causa. Até está lá escrito que os actos humanos é só para os compreender. Fazem-me sentir uma bola de ping-pong, a latejar em duas dimensões:o forte e o fraco. Mas adiante. Adiante não, porque já lá não estou outra vez. F... como faz o meu gato.
Isto vinha propósito de quê?... Já sei!... (é o calor)
Nas nossas deambulações blogosféricas (a minha e a do meu cão) verificamos algumas alterações das forças em presença, acima descritas. O que me faz lembrar uma história não muito antiga.

Vaidade
O ser humano enche-se de vaidade com muita facilidade.
Acha-se o bom!
Melhora um pouquinho em inteligência, beleza, riqueza ou qualquer outra coisa e já se sente o máximo!
Assim somos nós : ávidos por destaque, reconhecimento e privilégios...
Começamos a ter problemas quando passamos do ponto... quando nos achamos diferentes!
Sentimos TUDO, como Deuses!
Soberanos. Grandes . Diferenciados!
... e caímos do cavalo.
O triste é que ao invés de aprendermos sobre a humildade , nos sentimos humilhados.
No lugar de entendermos a lição, tentamos decolar de novo!
Não percebemos que o nosso destino não é a glória , mas a libertação de nossas misérias, a morte de nossas ilusões e apegos.
Não se chega à felicidade pela riqueza mas pela serenidade na adversidade.
Não é rico aquele que possui, mas o que está pleno sem condicionantes.
Pela vaidade o homem inflama-se, corneia-se, trai e mente, mas nunca conseguirá voar.
As nossas vaidades e necessidades criam apegos, que aprisionam...
Achamos que tudo podemos, pois somos o máximo!... e nem percebemos o ridículo da situação.
De senhores, passamos a escravos de quem não nos passa a mínima. Cheios de boas intenções, mas simplesmente escravos.
Há muito o que desvendarmos,
Entendermos,
Cairmos em nós.
Que possamos um dia ter olhos para ver e ouvidos para ouvir o que já está claro,
mas ainda tão obscuro para nós!
Esta abordagem pode ser considerada o que cada um entender que seja, mas não me venham com merdas sobre o “ser o e estar” nos cabrões dos blogs. Um anarca que se preze não se deixa casapiar.
Tenho dito.
Quer a uns quer a dois.

17.6.03


A morte de um blog

Recebemos (eu mais o meu cão) a triste notícia de que mais um Blog se finou: A Paragem de Autocarro.
Claro que ainda não vi o "corpo", mas a casa estava vã, oca, vazia. Sem número na porta e com janelas atravancadas.
Quase pela mesma altura escreveu-me um amigo sobre um motivo inédito sobre o mesmo tema mas com contornos diferentes.
Depois recuperamos (eu mais o meu cão) vigílias passadas:

Terça-feira, Junho 10, 2003
A Coluna Infame termina aqui a sua jornada.


“...e rebelaram, e decidiram assassinar o blog. Assim como se pode matar o tempo, decidiu-se racionalmente pelo fim do blog, não um fim melancólico, porém, mas sim um final violento e feliz. O projeto havia acabado, e tinha chegado sua hora de morrer.
Matou-se então o blog.”

in o frenético

Por um lado, é bom se escrever apenas quando se tem algo a dizer, mas a falta de posts acaba fazendo com que o leitor abandone o hábito da leitura, o que pode significar a morte de um blog.
in Grandes Ilusões

A morte leva e, cruelmente, fica.(O blog)
in SoFreak

O dispendioso é o tempo necessário para fazer o projecto acontecer e manter o padrão. Uma coisa é ter um blog online, outra é conseguir visitante. E se ninguém entra, desanima-se. (E morre mais um)
No dia que inventarem uma ferramenta, que separe as páginas que recebem manutenção regular, daquelas que estão paradas, ou mudam muito poucos ao longo dos anos, veremos que a Web dinâmica é muito menor do que se imagina.

in D. Quixote criou um blog

E o tema da mensagem era: E se fosse o autor de um blog a ter a morte como visita?
Fiquei pensativo...


14.6.03

Hoje não me apetece escrever sobre blogs. Por outro lado, propus-me identificá-los de outra forma e assim, em laia de homenagem, agradecer-lhes os momentos que me têm proporcionado. São Momentos de tudo e de Todos. Momentos adquiridos em prosa ou em verso. Em video ou em som.. Momentos in alegro e traviatta, misturados com devaneios de gente simples ou nem tanto. Mas são os Momentos dos blogs em Português d’esta praça que se faz todos os dias para quem os quiser ouvir e ler. Vazios de Estado e Religião. Sem Rei nem Roque como eu gosto. Anarquicamente falando, claro.
O meu Obrigado.
- À minha Nela Cintra com Amor.
- Aos “Meus” pela paciência que tenho em fazer os blogs deles.
- À Aninhas pelo seu gosto e coerência desde que a sei existir.
- Ao Eu Sou pelas oportunidades de descobrir mais coisas.
- Pelo Pastilhas, contra o Pastilhas, Pastilhas sempre.
- Aos Putos que, como mosqueteiros, não são três mas quatro.
- À Papoila. Que sem a conhecer conheço-a conhecendo-a.
- Tudo para Gatos e mais quem goste de animais.
- À Esquerda e à Direita sem apocalipses.
- Ao Periférica. Outro lado de ver mais coisas.
- À Civana que tem ajudado muita gente e mais alguma.
- À Coluna que escorrega mas não cai.
- Aos Marretas que se aguentam.
- Ao Kleist sempre actual.
- Ao Complot, Valete de Fratres e a Puta da Subjectividade desta vida que não nos larga.
- Ao Abrupto pela sua disponibilidade de se juntar à gente.
- À Bomba Inteligente, ao País Relativo e ao Quinto dos Impérios pela forma de estar por aqui.
- À Zazie . Uma amiga que não me importo de defender e criticar.
- Ao Maradona, ao Filme de Porrada e ao Fumaças. Gente com que não me importava de ir comer caracóis.
- Ao Meu Pipi pela forma de dizer caralhadas sem ofender ninguém.
- A todos os restantes que visito, e são muitos, mas que me ficam na memória e que se tornava enfastiante enumerá-los. Fica a promessa que vos visito.



13.6.03

De tal forma que até já ando de encontrão aos blogs cá da casa.
É para desanuviar.
Ao ler o Público e encontrar, por acaso, o editorial de José M F só me veio à cabeça "isto".
Depois das sardinhas assadas de ontem não me ando a sentir cá muito bem.

11.6.03

Bloguices nas palavras dos outros.

"O problema é a falta de humor de algumas pessoas que, às vezes, levam muito a sério ou se ofendem por alguma coisa que eu disse, e vêm com três pedras na mão pra cima de mim".
in Ubbi

Um passeio pelo ‘jardim secreto’ dos blogs.
In O Globo

Repórteres descobrem nos blogs uma forma de escrever com liberdade.
In último segundo

As pessoas escrevem por motivos diferentes. Eu acredito, e essa é a minha opinião, então fodam-se todos, é que há muito lixo nos blogs em geral e isso faz muito mal ao conceito. Mas eu leio o que eu quiser! Se eu não gostar do que um analfabeto escrever eu não leio mais. E só vejo os blogs de meia pataca quando me pedem para escrachar ou para dividir a dor de uma diarréia mental provocada por imbecis com acesso à internet!
In Vanitas

Tás comámim!

10.6.03

Estamos bem. Muito bem. O meu cão foi operado com êxito e o relax pós-operatório não poderia estar melhor. Temos cão e dono completamente alegres.
Hoje comemora-se Camões. Vizinho meu na Calçada de S’antAna. Calçada onde também pernoitou Amália e se estabeleceu A Morgadinha. Sítio perto da Severa, não longe das tertúlias do Chiado, do Parque Mayer, da RibaD’ouro, e olhando S. Jorge de olhos nos olhos.
Por estas terras passou também Anthero, a rainha Isabel, Gomes Freire, além de Bibi, Carlos Cruz e eu. Campo onde alguém sabia o que era o “maistoideu”. Local onde passei parte da juventude, onde criei família e nasceu a minha descendência. Temos por onde descer para qualquer lado da cidade, assim Sousa Martins o conceda, mais o elevador do Lavra e a carreira 33 ou, ainda, o Metropolitano que está a dois passos no Intendente ou no Rossio conforme a direcção que se tomar.
Mas não foi esta disposição que me trouxe até aqui, agora. Estamos em blogs e é sobre blogues que pretendo escrever.
Estamos a ficar mais pobres. Quer blog’sticamente falando, quer linguísticamente detectando. O princípio era senhores muito bem falantes, muito bem pensantes e muito bem distantes. Numa palavra: Artistas.
Depois vem o furacão da descoberta. Blogs em frente com gente inóspita, soalheira e cientes de que precisam libertar-se do jugo da servidão. Jornalistas, estudantes, e gente que não tem mais nada para fazer do que tentar orientar alguém. Surgem as birras pela conquista dum espaço opinativo, surgem os desacatos e insultos por conversas de rua amarfalhadas e demonstrações de que não só vale a pena queimar as pestanas como também é necessário aniquilá-las.
Arreganham-se e parecem gente que está pela primeira vez a dar um passo. Demissionam-se e parece que o mundo deixa de existir. Não deixou. É aqui que entramos nós: a raia miúda. Pessoas simples sem nome que fazem poemas e os guardam longe de olhares curiosos e mãozitas inquietas de putos à volta das gavetas. Gente que tem opinião, experiência de anos muitos e vários dissabores. Avós e pais que descobrem na Net uma forma de estar um pouco mais actualizados. Gente, enfim, que desopila um pouco a forma sempre igual como decorrem os dias. Mas ficamos. Estúpidos mas hirtos. De pé, como morrem as árvores.
Não gosto daqueles que se perfilam como os sabe-tudo. Não pela forma de eles saberem ou não, mas pela imagem que transmitem na apresentação das suas ideias, dos seus pontos de vista e nas vaidades que transparecem dos seus posts. Afinal, são mortais e padecem dos mesmos vícios e virtudes que se encontra no dia-a-dia “lá fora”. Eu, por exemplo, já fico reconhecido se um “Dos Meus” diz: “ -Não sei como é que tens paciência para estares a perder tempo com os blogs quando tens tanto lado onde mais aprenderes.” Mas eu gosto assim e quando me fartar já me fui embora. Mas por ora não. Tenho com que me entreter nas horas vagas, Escrevo o que me der na gana e chateio quem eu quiser se me deixarem. “Isto é meu” e a mim ninguém me cala Alegremente. Mas por outro lado, não gostaria de ver a “coisa” banalizar-se” e endurecer a parte que acho mais gira: a descoberta das palavras. Em Portugal costuma acontecer o oito e o oitenta. Nos blogs vai do zero-vírgula-oito ao oito mil.
Pode ser que apareçam coisas novas, quem sabe. E quando isso não acontecer vou ao google.
Agora vou dar o anti-inflamatório ao meu cão. É mais importante.


8.6.03

Numa tentativa de entender o momento crítico por que passa a blogosfera portuguesa, fomos (eu e o meu cão) ouvir o que pensam algumas personalidades de vários quadrantes, políticos e sociais, para esclarecimento da opinião pública sobre o comportamento anafado de manicures com pés de porco. A questão colocada foi como vêm o actual estado dos Bloguista portugueses depois de ” É a Cultura, estúpido”.



O chefe de Governo português reafirmou a importância de abandonar as “polémicas do passado” e avançar no sentido de “melhorar as condições de vida dos blogs portugueses” por forma a “construir democracia e paz” nesta blogosfera e para que a mesma possa ser integrada na comunidade internacional bloguista.

O Nobel da Literatura, o primeiro orador do Fórum que se prolonga até terça-feira na Aula Magna, apreciou o momento da blogosfera começando por criticar a forma como está organizada a opinião a nível de blogs. Saramago defendeu que o cidadão comum deixou de poder intervir nos ditos dada a evolução que estes tomaram. Apesar das críticas, o escritor disse não estar contra a existência dos blogs políticos ou os côr-de-rosa e, ironizando, salientou que bastaria apenas que fossem menos “tagarelas”.

Santana comentava as acusações lançadas por LFB, de O País Relativo, sobre cedências do executivo do seu staff aos desinteressantes blogs, dando como exemplos a Papoila e os Masturbadores.

"Por mim, tragam os Blogues da Alemanha, mas não há dinheiro para pagar a uma classe de topo para aprender a blogar particularmente em Portugal, por isso fazemos posts contra quem podemos chatear. Assim sendo, escolho blogues diferentes de maneira a criar novos desafios. Já sabemos que há determinados blogueiros com as quais vamos nos pegar no ano que vem. Por isso, em vez de fazer coisas repetitivas, opte-se por lançar novos obstáculos. Penso que isso vem dar mais emoção e mais chateação", salientou Scollari, o técnico campeão do mundo.


"Mulheres bloguistas, conscientes da vossa vocação de mulheres e de mães, continuem a olhar para as outras pessoas com o coração. Continuem a ir ao seu encontro com a sensibilidade que é inerente ao instinto maternal. A vossa presença é indispensável nos blogs, no S. Luiz e na comunidade bloguista", afirmou João Paulo II perante dezenas de milhar de blogueiros reunidos no Jardim de Santos na cidade de Lisboa.

“ Sim, tenho a noção que fizeram merda para um escalão etário acima dos 30 anos, mas também acho que há pessoas abaixo dos 30 que podem ter vontade de fazer o mesmo. Há blogs que estavam originalmente gravados com posts e comentários e que eu decidi não comentar. Talvez com nova roupagem quer através de e-mail que através de diferentes pedidos de satisfações pessoais possa haver uma nova era de insultos já para a semana que vem”. Disse-nos Marco Paulo à saída da sua gravadora onde se encontra em trabalhos finais para o seu novo lançamento discográfico.


O Conselho Superior de Magistratura (CSM) impôs a lei do silêncio aos juizes, proibindo-os de prestar declarações sobre o momento bloguista em curso ou sobre decisões mais drásticas de outros blogues, segundo avança hoje o Bloguices.





À hora do fecho deste post não conseguimos chegar à fala com Jorge Sampaio, Tino de Rãs e George W. Bush, por motivos alheios à nossa vontade. Os nossos mais sinceros pedidos de desculpas.

7.6.03

Como vejo "O Caso da Semana".

Dia de calor empoeirado. De tarde, vento e tempo a pedir moléstia. São proscuentos de silabases que não oferecem resitência.
Apresento quatro alcanforados que nem sabem que existo e farto. Também nem pedi desculpa. Traquinices à moda antiga..
Esta percebo eu. E talvez eles. Os quatro.
José Luis Farinha e o seu caixote do lixo.
Atila Relvas e os heróis das boinas.
Miguel Franco do arado ao computador.
Jaime Alves na Gorongosa.

Se por qualquer razão não fôr a gosto, a saída é a x na superior direita. Até parece que estou a vender chapéus p'ró sol.

6.6.03

Notícia na última da hora.

"Feriado de 13 de Junho ( Lisboa) suspenso!
Santo António apanhado com menino ao colo, vai prestar declarações ao
DIAP..."

5.6.03

A PAPOILA inspirou-me. Vamos a ver se a não a deixo ficarmal ou com uma VISÃO PERIFÉRICA do COISO. Tive a LIBERDADE DE EXPRESSÃO virtual, à socapa nos segredos dela, dizer-lhe o que pensava sobre as CRÓNICAS DA TERRA acerca da “É A CULTURA, ESTÚPIDO”. Isto é ÀS VEZES AZUL e faz-me lembrar a “linha”, onde pessoas que não se conheciam entabulavam APONTAMENTOS sobre tudo e sobre todos e depois acabavam por se conhecer pela iniciativa dum tipo mais afoito e INTERMITENTE que os conseguia juntar por convite , via JORNALISMO DIGITAL. Isto foi à ene anos atrás e em alguns casos até deu num FILME DE PORRADA quase perfeito. Mas isso são 1001 PEQUENAS HISTÓRIAS que não posso aqui divulgar. Agora imaginemos que eu estava lá. Como o fotógrafo do Diário Popular e OS PÉS BEM ASSENTES NO AR.
“-Boa noite.Isto hoje é só FUMAÇAS, não?” – diria eu ao segurança de serviço no POSTO DE ESCUTA.
Naturalmente entrava de mansinho, tentando disfarçar a CHUVA MIUDINHA por não conhecer pessoalmente nenhum dos BLOGUES EM PT, e ia aproximando o meu PEQUENO SER, físico, retardando a amostra d’O PRAZER INCULTO da minha pessoa. O que não convinha, diga-se já, para não fazer CAGADA.
Mas mesmo assim, nunca deixaria de ser uma honra partilhar, nem que fosse pelas EVASÕES DUM SONHADOR , a companhia de pessoas a quem a gente vai observando pela escrita inDIFERENTE de quase todos os dias, nas BLOGUICES do dia-a-dia de quem verdadeiramente possam ser. Nisto a MARCIANA está de acordo.
Estou a imaginar-me ao ver entrar uma senhora de cabelo escuro, alta e muita CAFEINA, de olhar penetrante e graciosa no andar, a perguntar: “ Desculpe, o senhor também veio às CONVERSAS DE CAFÉ?”. Não damos por isso, mas a primeira vez, e AGORA É QUE VOU DIZER TUDO, torna-nos meninos, ansiosos e por vezes sem saber como agir. É natural. Ficamos em PONTO MEDIA.
Por outro lado, imagino o pessoal DE ESQUERDA a entrar decididamente por ali fora, e os DE DIREITA a recatarem-se um pouco mais à espera das LEITURAS certas para as apresentações dum UNIVERSO PARALELO.
Começam a aparecer, aos poucos, magotes constituídos por mais de cinco pessoas. São aqueles que esperaram na PARAGEM DE AUTOCARRO e não querem ser os primeiros a dar CHATICES. Entende-se. Têm medo de ser considerados CÃES DANADOS à espera que falem em PICUINHICES. Entretanto, aparecem OS PUTOS. “- Olha, ó senhor, não me deste a moedinha”. São os SUSPEITOS DO COSTUME que vão ter as intervenções, e não ligaram nenhuma ao PAIS RELATIVO que trazem atrás: os FILHOS DE VIRIATO. Mas em Portugal tudo se perdoa e tudo se retoma. REPLICAR é a palavra de ordem.
Eu, por exemplo, e juro PELA SANTA LIBERDADE, se visse a entrar uma senhora de cabelos ruivos acompanhada duma FARPA mais idosa, mas aperaltada, diria logo:” Olha quem aqui está? A Zazie mais a tia do PASTILHAS.” De maneira que, quando é chegada a hora, todos se perfilam a auscultar as DEMOGRAFIAS e quem tem por missão dar início às CRÓNICAS MATINAIS. Reparamos então que é tempo de analisar os JAQUINZINHOS sobre a mesa de entrada e o seu estilo NONIO dum século antigo. É à base de gente CONTRA A CORRENTE, e de aspecto, alguns a mostrar CHARUTO JAZZ UISQUE E BLOG que baste, e outros FORA DA LEI nem por isso. Mas a EDUCAÇÃO Á IMAGEM é mesmo assim.
Imagino também, em figura de topo, um ABRUPTO mais um amigo na MONTANHA MÁGICA a aconselharem o professor José Hermano Saraiva a comprar um computador para fazer um DIÁRIO DE BORDO. Do outro lado da sala aparece uma FREIRA DADAÍSTA, e aquela sala parecendo pequena é enorme, presencio um GATO FEDORENTO, de fato-e-gravata, em amena cavaqueira com uns senhores que me fizeram lembrar OS MARRETAS. Tipos simpáticos, do melhor que há.

Nisto, há um burburinho na sala que ninguém sabe a origem. Entra toda vistosa, tipo JANELA INDISCRETA, vulgo talvez O MEU PIPI, que por sinal devia ser uma das tais que não foi ao cabeleireiro. Sempre é uma gaja o gajo.
Podia expandir-me um pouco mais, mas duas razões o não permitem. A minha CRASH está a pedir-me para ir buscar SODA CÁUSTICA para a JANELA DO MEU QUARTO e as SILHUETAS das batatas sou eu que as tenho de fritar. Hoje calha-me as MERDAS DO COSTUME. Qualquer dia vou fazer queixa ao sindicato.
De qualquer das formas MANIFESTO-ME, dizendo que falei TUDO MENOS POLÍTICA. O que me deixa um pouco SUBMERSO sem deixar de ter tido o prazer de lá ter estado. Antes que me saia um VALETE DE FRATRES e se arranje para aí um COMPLOT prefiro estar no TERCEIRO ANEL a torcer para que para o ano não seja mais uma VOZ DO DESERTO.
CRUZES CANHOTO!

Tenho um problemazinho a resolver com a minha empresa e hoje não estou pr'amar. Ainda assim arranjei tempo para umas rapidinhas nos domicílios deles. Aqui vão;


"é absolutamente normal que um blog de um jornalista tenha uma vantagem sobre o blog de um indivíduo que, a despeito da sua putativa melhor (in)formação, não tem treino em comunicação."
In huuuuu... o vento lá fora (são estes incentivos que nos levam a melhorar o curriculum)

"simpática declaração de amor dúbia e encapotada que apresenta às nossas pessoas (excepto ao Manhoso que ficou de fora, acho mal) no seu blog." (referência ao meu)
In Os Putos (As minhas desculpas públicas)

"Afinal o que nos une e o que nos separa enquanto humanos?
Muito do que nos separa assenta na característica animal que nos originou. A velha conquista de poder e território como fórmula da defesa dos recursos e da realização pessoal."
In De Direita (depois não se admirem de mijar-mos em cada esquina)

"Como o amor é coisa de poetas...
Começa por A
Segue o M e o O
Acaba com R
Tenho momentos assim, arrebatados, sublimes, sei lá... "
In Os Marretas (Teria sido das favas...?)

"O Vasco tem outros recordes e premières como o de ser o poeta português que mais decassílabos escreveu ,..."
In Abrupto (Será esta a verdadeira identidade do pipi?)

"Confesso que sou esquisito."
In Gato Fedorento (Pronto, não digas mais)

"Ainda de ressaca pelo lançamento da revista e pelas agruras da distribuição (não nos cansamos de realçar o trabalho que isto dá — há que trabalhar para a mística...)"
In ‘Oeste’ online (Já estou a imaginar aqui a recuperação do Benfica)

O Coiso com mais de 50 mil visitas
!A partir de hoje, os meus dois filhos são meus vizinhos."
In O Coiso (Agora é que as visitas vão triplicar)

2.6.03

* Hoje estou um pouco apreensivo. A Justiça anda calada e da janela do escritório já vi três carros da polícia. Nas deambulações que usualmente faço pela blogostrada marginal dei de caras com três putos (o Paradoxo, o Poético, o Cientifíco). Não é que seja alguma coisa de anormal, também vou ao Pipi e não me caem os parentes na lama. Só que lhes escrevi:
Olá putos.
> Como é que foi o "vosso" dia d'hoje.
> Cervejolas... umas gajas da s+3 do Catujal... talvez até um charro... hã.
> Isso é que foi...
> Deixem, amanhã já não se lembram de nada.
> Fixe meus, curte. Tá-se bem.

Até aqui tudo numa boa. Mas o pior é que responderam. Estarei eu a descobrir o pedófilo que há em mim. Tenho de consultar um especialista.
· Já foi escrito, lido e rebatido, que o Juiz RT foi criticado por alguém de colarinho engomado de que trazer t-shirt e ténis à hora de almoço parece mal. Se a justiça se medisse pelo vestuário o Porfirius ainda existia. Digo eu, não sei.
· A Aninhas agradeceu-me umas tretas que eu mandei. Ó rapariga, por qualquer motivo sou parceiro do RT na Feira das Galinheiras na compra de calças de ganga. Porque lá a justiça não se agradece. Muito menos o que gostas e precisas.
· Nunca gostei do Pacheco Pereira, pronto. Mas não gostar dele não quer dizer que não goste do que ele faça, aqui é ponto. Os “Estudos” estão a ficar fixes.
· Descaradamente e à traição deixo aqui ficar duas coisitas que roubei. Uma à Charlotte e a outra ao 7000.
· Dá-me ideia de que está na ordem do dia a tentativa de se descobrir a identidade do bocage dos nossos blogs. Não sei não, mas o Daniel tem uma ligeira impressão de que já foi cliente dele. Um destes dias se ele referir o Jardim do Torel já fico eu a saber quem é o personagem. Querem ver o gajo a chamar-me?

Coisa uma.
Coisa duas.



1.6.03

um blog em tons de azul cinzento

o blog comeca por ser um gelido ola-tou-aqui que se apregoa aos amigos no inicio da sua formacao
sempre na esperanca de encontrar um caloroso interromper da nossa propria solidao
e quase como um lancinante grito de socorro apos a feitura do primeiro post
mas as tantas e apenas mais uma voz feita de vazio que se une a muitas outras e que não aceitam o eco do escuro que amedronta e nos assusta
de qualquer forma ha sempre a tenue esperanca de se ser reconhecido e saudado por outro eu qualquer
por outro espelho interior por outro espaco preenchido que não soubemos encontrar
o blog e isso mesmo um blog por vezes longo outras curto sempre com autor invisivel e misterioso
ha qualquer coisa magica no blog com cenarios sordidos e textos encaixados entre poesia e coisas mortas
fantasias variadas por nostalgias de azuis cinzentos parecendo o sim e o não entrelacados como bichos de estimacao
por cada entrada na blogosfera ha uma pessoa que se reve existe uma companhia que nao pedimos para ter mas esta ali ao pe a dizer coisas a falar connosco numa mistura de tristeza e afeicao que nos convida a acenar-lhe
por cada post escrevinhado acontece um dissabor ou uma alegria existe uma angustia disfarcada que dilacera a alma e faz arrepiar o coracao que quebra que asfixia e o blog no seu maximo expoente a compreeender o desespero retido por cada um dos personagens que inventou
por detras de cada pseudonimo existe carencias e riquezas existe a negacao do passado e a emissao duma revolta a muito tempo anunciada
ha o lamento e o vacuo de ideias desalinhadas e dispersas
e uma forca disforme que atropela e arrasta para espacos hirtos a nossa propria conveniencia passional
o blog tornou-se um grito feito com silencios cumplices de gente que persiste em partilhar de gente com olhar distante e corpo sufocado por um único metro quadrado onde a anarquia funciona sem medo de ser descoberto ou denunciado
e a forma de encontrar um tempo de quem nada tem a perder ou a ganhar
eles são os futuros construtores das palavras novas de ideais decapitados que ajudam a destruir os proprios fracassos e todas as nossas loucuras
e de facto toda uma imagem difundida por orgulhos feridos de morte que nos faz donos do mundo e
os defensores de todas as causas perdidas
e um tempo sem retorno
e um tempo de inventar
e um tempo de azul cinzento este o do blog