23.6.07



Qualquer dia vinte e três de todos os meses são extraordinários numa celebração cá muito minha. Mas este, o de Junho, é mais ainda.

É o dia em que me dobro em emoções e onde o cúmplice olhar com que o vejo tem um significado especial. É o dia em que me engasgo e gaguejo. Um dia em que as palavras e os gestos se afugentam num coração a bater mais forte. Um dia a menos para a contagem final dos que já me restam, mas que vivo com enorme intensidade.

É a pieguice do costume. A dificuldade de encontrar a forma de exprimir o sentimento. O medo que um simples "Amo-te" não seja suficiente para demonstrar o carinho, a gratidão, com que se deve tratar com quem se vive.

Pikena!

21.6.07



Previsão do Tempo

Entrámos no Verão.
E este, a analisar pelo que corre no mundo e no país, vai ser um verão quente. Daqueles estaladiços como os “frades” que eu compro pela manhã, vindos da padaria em Casal do Marco.
A crer na meteorologia política, social e desportiva, isto vai ferver. E não há protectores solares que aliviem a agressão das temperaturas elevadas que se vão fazer sentir.

Como sou mais pobrezinho do que a maioria dos bloggers e avesso a grandes deslocações ao exterior, sinto uma camada de ar quente oriunda da região Ota-Alcochete. Prevejo, também, céu pouco nublado ou limpo a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela devido à precipitação dourada onde podem surgir neblinas ou nevoeiros matinais se a coisa der para o torto.

No centro do país o aquecimento continuará com valores elevados já que o nosso Primeiro fez questão de lavar a sua honra no mar encrespado do Portugal Profundo. Os ventos podem soprar moderados se o falso engenheiro não fizer subir nas terras altas a temperatura máxima que deve rondar os três graus académicos.

Mais a sul os ventos podem soprar a muitos quilómetros por OPA e não existem colecções que façam baixar as ondas que podem atingir alturas ideais para a terceira idade. Aguaceiros fracos podem surgir na capital devido a ares quentes vindos da região centro, onde Telmo Correia explicará os trinta e três mil e duzentos caracteres que Carrilho ainda tem na gaveta.

Nas regiões autónomas, vento em geral fraco com ligeira subida de temperatura caso se verifique que o Alberto João possa ser ressarcido dos valores orçamentais da Madeira. A temperatura da água do mar manter-se-á, apresentando-se boas abertas em todo o território se o gajo ainda continuar a mandar em tudo aquilo.

4.6.07



Uma pa mim, Ota pa ti

Desconheço o plano, o contexto, o impacte ambiental que uma obra desta natureza pode conter e/ou alterar. No entanto, qualquer coisa me diz que a não queria ver enraizada e construída aqui. No deserto. Mesmo-mesmo de braço dado com a nova designação que a cidade onde vivo adoptou: Al-Seixal.

Por isso, não ando a dormir bem e respiro ainda pior. A visão também não anda lá grande coisa desde que deram o nome sui generis de “Caixa Futebol Campus” (!) ao Centro de Estágio do Benfica e a sacana da Sul-Fertagus nunca me deixar chegar a horas ao trabalho nos domingos e feriados. Não sei… parece-me que a criatividade, a competência e o bom gosto, sofreram alterações que me é difícil aceitar. E ver todo este país nas mãos de engenheiros e arquitectos, também não ajuda muito.

Ainda se me dissessem que a excentricidade cria talentos e desenvolve a sociedade, devolvendo poder crítico e soluções alternativas, tudo bem. Agora a malta assistir, impávida e serena, às preocupações do Cavaco sobre a matéria e não aproveitar os direitos que (ainda) temos para fazer vincar as preocupações e dificuldades que a maioria de nós estamos a passar, isso tolero menos ainda. Mas o elo mais fraco deve ser a minha visão – fraca – de ver as coisas.

Não deve tardar muito os blogs a favor da Ota e do Poceirão hão-de esclarecer as dúvidas. Ou então, os interesses privados e os fazedores de opinião não tarda nada colocam tudo em pratos limpos.

Cá para mim, mandava-os todos p’rá Madeira. De lá é capaz de se ver melhor...