4.6.07



Uma pa mim, Ota pa ti

Desconheço o plano, o contexto, o impacte ambiental que uma obra desta natureza pode conter e/ou alterar. No entanto, qualquer coisa me diz que a não queria ver enraizada e construída aqui. No deserto. Mesmo-mesmo de braço dado com a nova designação que a cidade onde vivo adoptou: Al-Seixal.

Por isso, não ando a dormir bem e respiro ainda pior. A visão também não anda lá grande coisa desde que deram o nome sui generis de “Caixa Futebol Campus” (!) ao Centro de Estágio do Benfica e a sacana da Sul-Fertagus nunca me deixar chegar a horas ao trabalho nos domingos e feriados. Não sei… parece-me que a criatividade, a competência e o bom gosto, sofreram alterações que me é difícil aceitar. E ver todo este país nas mãos de engenheiros e arquitectos, também não ajuda muito.

Ainda se me dissessem que a excentricidade cria talentos e desenvolve a sociedade, devolvendo poder crítico e soluções alternativas, tudo bem. Agora a malta assistir, impávida e serena, às preocupações do Cavaco sobre a matéria e não aproveitar os direitos que (ainda) temos para fazer vincar as preocupações e dificuldades que a maioria de nós estamos a passar, isso tolero menos ainda. Mas o elo mais fraco deve ser a minha visão – fraca – de ver as coisas.

Não deve tardar muito os blogs a favor da Ota e do Poceirão hão-de esclarecer as dúvidas. Ou então, os interesses privados e os fazedores de opinião não tarda nada colocam tudo em pratos limpos.

Cá para mim, mandava-os todos p’rá Madeira. De lá é capaz de se ver melhor...

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