17.4.08

Amargos de véspera

O 18 d’Abril sempre foi um dia especial para alguns da família que me resta (os meus netos - Thita e Lourenço - mais o meu irmão. Fazemos anos no mesmo dia.). E quando se acasala os 54 anos da minha existência com os últimos dígitos da década em que nasci, é de fazer contas à vida.
Como sucede a qualquer um, perde-se e ganha-se. Tem-se sucessos e fracassos. Lida-se diariamente com a sorte e o azar (por muito que digam que isso não existe), e fazemos tudo o que possa estar ao nosso alcance para que a coisa resulte em favor de todos quantos amamos e gostamos.

Mas quando em menos de três tempos se perde duas das Mulheres que marcam a nossa vida e muitos aniversários, as contas saem furadas e não é motivo para andar aos pinotes. No entanto, sobram vários outros motivos que as pequenas tragédias singulares também afectam: os Amigos!

É para eles todos que tenho que ter uma palavra de carinho. Um abraço apertado. Um “despir” da capa com que sempre andei; a de me fazer capaz de ultrapassar os momentos mais delicados que pode acontecer a muitos de nós, e que traduzimos em forma de escrita o que nos vai no pensamento. Eu, de momento, já não consigo. Mas de qualquer forma – e eu sei quem são - sempre que precisarem de mim responderei PRESENTE!

Mesmo que seja no som do meu silêncio.