13.7.06



Depois de durante estes dias ter posto a escrita em dia e a leitura, cheguei à conclusão de que, em vez de andarem faunos pelos bosques, andaram figuras públicas a fazer o papel de Miguel de Vasconcelos (1590-1640) (colaborador próximo da duquesa de Mântua e do regime filipino), só por acharem que estar do contra traria de volta à realidade os problemas nacionais aos portugueses.

Todos sabem que a maior parte deste povo aprecia imenso caracóis. Ainda mais se forem acompanhados com cerveja fresquinha. E muitas. Perninhas de rãs nem tanto assim, e nunca ouvi falar de que comessem sapos. Engoli-los?, talvez.
Mas os arautos da desgraça, vulgo velhos do Restelo – sem desprimor para o CFB – tinham que “pegar” em qualquer coisa para que se tentasse inverter o rumo das coisas que toda esta brincadeira tomou desde 2004: ele foi o Quaresma, ele foi o sol abrasante que se fazia sentir em Évora, ele foi a Sagres, o Madaíl, as bandeiras nas janelas, eu sei lá…
Haviam de ter visto a comunidade emigrante de vários países, que tanto defendem em tempo de eleições, no companheirismo, na solidariedade num contar estórias de injustiças que também por lá se vive.

Só pelo facto de terem no currículo mais alguns diplomas que o resto do pessoal, há uma coisa que estes fazedores de disparates têm que engolir: os considerados estúpidos, os escravos, os eternamente sacrificados, ganharam um mês de completa euforia e felicidade. Não, apenas e só, pelo que o futebol conseguiu alcançar; isso é efémero, e será sempre, um erro dialéctico. Mas por tratar-se apenas duma coisa tão simples que nos levou um pouco mais longe no sentir de toda esta gente que trabalha por uma vida melhor; de como alguém nos conseguir juntar para uma roda de amigos sem nos explorar e enganar. Aqueles tipos todos conseguiram que desta vez os olhos rasos d’água e corações apertados fossem de alegria e satisfação.

Coisas tão simples que muitos dos que cuspiram para o ar não conseguiram fazer quando tiveram a responsabilidade de nos proporcionar algumas delas quando estiveram no governo do país.


adenda: reparem só como já começamos a torcer por José Azevedo, (a lutar sozinho) mesmo que o ciclismo tenha decaído com a morte de Joaquim Agostinho.
Mas onde estiver um português, estão sempre dois ou três. Milhões!

Sem comentários: