6.1.07



Presentes

Desde o século XIII, as encenações do Natal de “nuestros hermanos” tem sido um dos aspectos mais conhecidos das celebrações espanholas. País com forte tradição católica e talento para realizar festas religiosas tradicionais, desenvolveu muitas maneiras de comemorar aquela noite especial. Uma delas, ao contrário do que acontece em Portugal, é serem dados os presentes na manhã de 6 de Janeiro, “Dia de los Reyes”.
Para além disto, os festejos são particularmente dedicados às crianças. Em Madrid, por exemplo, iniciam-se junto à Puerta del Reloj com o desfile de carros alegóricos de figuras alusivas à quadra, com os Três Magos distribuindo doces e caramelos entre a multidão.

Neste dia, a família reúne-se à volta da mesa saboreando “roscón de reyes”, o bolo-rei deles, e mantêm a tradição de quem achar a fava será rei por um dia. Quem sabe se hoje não me tocará a mim? (que de espanhol não tenho nada)


Agradecimentos a:
Wathctower e Novo Milénio (fontes históricas)

Márcia Maia (E À Mais Bela Princesa de Além-Mar)

quase um poema de natal


eu queria um natal sem luzes
sem sinos sem coroas sem presentes
sem festas de confraternização
onde se repete quase escandindo
(e à exaustão) a palavra so-li-da-ri-e-da-de

eu queria um natal mais solstício
que natal — um natal pagão —
um natal simples sem palco
onde a gente ousasse ser apenas gente
como a gente que a gente é nos outros dias


Jorge Castro (Poema Inédito)

não te digo do natal coisa nenhuma
do natal enfeitado a sumaúma
que se arruma em cada ano nalgum canto

não te digo do natal em mar de espuma
esse efémero natal-coisa-nenhuma
quebradiço a ter-de-ser e sem encanto

não te digo do natal de coitadinhos
nem daquele de nós todos tão sozinhos
conformados sem ter sonhos nem espanto

não te digo do natal feito de prendas
num afecto leva-e-traz que me encomendas
e trocamos cada ano em qualquer canto

mas te digo um natal fio de seda
do casulo entretecido que te enreda
e te leva ao riso ao sonho em doce encanto

digo ainda do natal feito de enlaces
desfiando o casulo onde renasces
enlaçando cada ser por valer tanto

digo então um natal que desse fio
deslassado mundo fora como um rio
nos envolva a todos nós num acalanto

mais te digo do natal de um outro início
celebrando a nova esperança o solstício
recriado em nossa voz num novo canto.


Morfeu (Cartão Festivo)

Peciscas (Cartão de Natal)


... e também a Neuza, Cinda, Joaquim Nogueira, Civana, TMara, Jacky, Titas, Roger, Vanda, Nuno Soares, Delfim Freire, Publipt e todos os que na caixa de comentários deixaram um pouco da sua amizade.

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