5.10.05

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Munícipas e munícipos, alentejanos e alentejanas, minhotas e algarvéus, cidadãs e cidadãos, portugueses em geral:

A revolução está na rua!

O “5 de Outubro” é uma data histórica arruinada onde as desigualdades sociais existentes têm os dias contados. Mas hoje, agora e já, contamos mais. Contamos com o apoio de todos os insatisfeitos (10 milhões), com a massa crítica dos endividados, com todos os sectores da classe (des)organizada e mais seis milhões de esperançados.

O grito de alarme soou e a recuperação económica espera por nós.

Soldados e marinheiros, carpinteiros e retalhistas, madeireiros e floristas, nós estamos aqui para vos dar voz!
Reformados e pensionistas, enfermeiras e anarquistas, nós somos quem precisais.
A candidatura pela Câmara Nacional Portuguesa está na rua.

O nosso Programa pretende acabar com os privilégios e as reformas escandalosas. Com o copo-três e as bifanas mal-passadas. Temos que recuperar as pastilhas elásticas da Bazooka Joe e a Laranjina C.

Temos soluções!
Soluções que nos permitem decifrarem as palavras cruzadas do Diário de Notícias. Com as etiquetas falsas na Feira de Carcavelos e a especulação imobiliária. Temos soluções para os softwares do Ministério da Educação.

Companheiros e camaradas! Fadistas! Povo que lavas na rua!
A esperança nunca morre. Tendes aqui a oportunidade única para derrotar os tubarões, os dinossáurios, e projectar um novo Jardim Zoológico.

Temos na mão a chave de todas as portas. Também a do Paulo e a do Miguel. Temos na mão que temos mais ao pé, o sentido de oportunidade para garantir a qualidade de vida e o bem-estar de todos os portugueses e madeirenses.
Vamos acabar com a riqueza disfarçada. Com o turismo de pé-descalço e com os andaimes sem quebra-costas.

Queremos mais segurança nas ruas e nas tascas. Nas esquinas do Intendente. Em Chelas.
Queremos o desenvolvimento rural e o choque tecnológico de 800 wats para fazer andar o TGV.
Queremos acabar com os sacrifícios da Função Pública e das esposas de todos os Embaixadores.
Queremos desenvolver a consciência cívica. O direito à juventude. A popularização do “Tavares Rico”.
Temos uma óptica quântica para deixarmos de ser os coitadinhos da Europa e estarmos entregues à bicharada.
Prometemos recuperar o esperanto e o mirandês. Os amoladores e as calças à boca-de-sino.

Portuguesas e portugueses! Taxistas! Chineses de todos os orientes!

Chegou a hora de dizer basta! Comigo na presidência, o mundo nunca mais será o mesmo. Nem o Alberto João.
Vamos fazer de Portugal o centro de todos os eventos mediáticos e sacerdócios.
Vamos eleger a minha candidatura imaculada e sem dor. Mas não nas câmaras ocultas das salas de chat, de chuto ou de voto. Será na rua. Onde as urnas e as certidões de óbito os esperam.

Vinde amigos! Aproximai-vos carneiros e ovelhas tresmalhadas!

A Revolução está na rua!

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