
Esta brincadeira dos blogs tem coisas giras.
Estarei a lembrar-me de no século passado, os mais antigos nestas andanças (os meus amigos brasileiros), faziam da blogosfera dessa altura a moda do célebre FlashBlog; um momento único em que um blogger estava vinte e quatro horas à frente do teclado a editar o seu blog com tudo o que lhe viesse à cabeça. Desde música, arte, literatura, culinária, poesia e outras coisas que não lembravam ao diabo, para animar um dia como outro qualquer a rapaziada que por lá passasse. O/a desgraçado/a tinha que ali estar de noite e dia a animar os visitantes e que, ainda por cima, era obrigado/a a responder aos comentários que se faziam chegar. Chegaram a ser às centenas.
No final, provavelmente exausto/a e bem tocado/a, o/a pobre diabo passava o testemunho do próximo ao visitante mais participativo e, a coisa por assim dizer, passava de blog em blog até a malta se aborrecer e partir para novas iniciativas. Claro que copiei a ideia. E como na altura os blogs portugueses estavam mais virados para a guerra do Iraque, a brincadeira nem de perto nem de longe teve o sucesso com que a minha amiga Civana fazia o dela. No entanto, com os vinte ou trinta, já não me lembro, que por lá se fizeram representar, divertimo-nos à brava.
Isto vem a propósito de quê?
Vem a propósito que o meu amigo António Peciscas se lembrou de me atribuir, e a mais outros quatro bloggers, o prémio “Blog com Tomates”. É mais uma cadeia que rola em cadência nas pessoas que se tornaram amigos pela escrita. Agora para dar continuação à coisa, já é mais difícil. Primeiro, porque escolher alguém que nos toque mais de perto e que “lute pelos direitos fundamentais do ser humano”, como refere a origem desta menção, é complicado. Segundo; designar cinco que conheçamos já é mais fácil, mas peca pelo número escasso que nos é permitido nomear porque são imensos. No entanto, as minhas nomeações para receber este Prémio são:
- Tupiniquim
- Memórias do Cárcere
- Sidadania
- SolidariedadeBlog
- Netescrita
Mas haveria mais. Muitos mais, que fazem ver que vale a pena lutar pelos direitos e conquistas contra as desigualdades, injustiças, precaridades e desenquadramentos que presenciamos a toda a hora. Quer na saúde, no ensino, na justiça.