"Interessam-me os actos humanos. Nunca para rir-me deles, mas sim para os compreender." B.Spinoza
4.7.03
“Após lutar no Vietname, um soldado americano é ferido em combate e fica paraplégico. Já no hospital, ele passa a questionar a posição americana na guerra e torna-se um activista político” podia ser o título deste post.
Não é o caso e nada disto é uma guerra.
Mas vou postar (não gosto nada do termo, parece que estamos a dizer “vou à casa de banho que estou à rasca”) um pouco de marketing familiar.
Isto dos blogs deu-me o crédito necessário para gravar (julgo que seja para isso que se presta o meu blog) muitas “cobóiadas”, muitas noites mal dormidas, namoradas e muitos disparates. Recordou-se-me agora mesmo esses tempos com o meu amigo “Saddam”. O que eram aqueles tempos... onde não existiam os ditos, e muito menos se falava em Internet. Onde andávamos na moda com cabelo comprido, calças vestidas pela Porfirius e camisas do Conde Barão.
Quantas noites, vindos dos ensaios de mais um dos Teatros Populares daquela altura, íamos beber um copo à Riba D’ouro (mais o John, o Zé e as “chavalas” nossas amigas) até o sr. Jaime dizer: “Ó rapaziada, vamos fechar.” A malta ia para os “fundos ”beber “girafas” e comer “pregos”, mas quando saíamos encontrávamos à porta um senhor de laço (B-B) em roda de amigos vários que por ali ficavam ainda em amena cavaqueira. Eram a tertúlia da minha zona. Victor Mendes, o Zé Viana e a miúda Io eram os quadros respectivos do Parque Mayer. Outros não conhecia na altura. Era a diferença de idades e de estatutos. Como hoje ainda se faz nos blogs.
Depois veio a tropa, o 25 de Abril, a Mulher e a responsabilidade da família.
Nasceram os filhos, descobri dificuldades e organizei-me como nos meus tempos do Liceu Camões. À vontade e "à Benfica". Parecendo velho, sou um puto novo já com netos. Mas estou para as curvas e sinto-me com gosto de ler toda a malta que escreve bem e que fala ainda melhor. Sem vaidades.
Pronto, já desabafei e linkei os meus Amigos.
Qualquer coisa... estou por aqui.
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