23.8.07



Este meu primeiro dia 23 triste e amargurado, vou passá-lo no álbum das memórias que me recuso esquecer.

No entanto, as palavras das pessoas que não conheço sem ser virtualmente, foram duma enorme ajuda existencial para ultrapassar este difícil momento.
A minha abnegada Thita tem sido incansável nos desdobramentos que estas situações colocam. Assim como todos aqueles que faço questão de acompanhar enquanto por cá andar. Diz-se que os amigos vêm-se nas ocasiões. E aqui estou eu, de coração aberto, a soletrar um Obrigado profundo com a voz a trair-me o pensamento.


Por ordem aleatória, encosto-me ao ombro amigo dos que já souberam do sucedido: a Nucha, a Cinda, o Ouriço Caixeiro, o Orca, o Peciscas, o Finúrias, a Xinha, a Paula Raposo, o Zé “Prisas” Amaral, a Fatyly, o The OldMan, a Kalinka, a Isabel Filipe, a Didas, a Menina Marota, a Professorinha, a Fernanda, a Psique, a Elipse, a Poesia Portuguesa, a Fata Morgana, a Madalena, a Cainha, a Andreia do Flautim, a Irneh, o Quim, a Emília, e toda a família que andam nos blogs vezes sem conta desencontrados. A outros que por aqui passaram em silêncio e por respeito, também.

É a todos vós que dedico este dia vinte e três.

21.8.07



"Pudesse eu não ter laços nem limites,
ó vida de mil faces transbordantes,
para poder responder aos teus convites
suspensos na surpresa dos instantes!"

Sophia de Mello Breyner Andresen


Hoje vim falar contigo a sós um bocadinho. Acenar de longe o gesto simples de rever-te, e lembrar quanta falta me faz o teu doce e meigo olhar ou o sorriso lindo com que me deixaste. São as saudades que não consigo evitar em tudo o que toco e vejo; um livro, um prato, uma camisa por ti passada e limpa. Este blog. A música ligada.

Sei que não é dia 23. Nesse dia terei uma excursão marcada aos vários cenários que mais recordo, e enquanto isto não me passar andarei pelos cantos do quarto vazio onde me encontro e escondo atrás do fumo dum cigarro. E mais do que palavras, soltam-se-me lágrimas que não consigo suster. Só de olhar p’ra ti, emudeço. Estrangula-se-me a voz e a alma. Parece que também morri.

Malfadada sorte a minha.



ps - Fico grato, Cinda, pelo vídeo (e por tudo). Assim como a todos a quem irei dedicar algumas palavras. Frágeis de momento, mas sentidas.

8.8.07

O FIM

Na vida ganha-se e perde-se. Correm-se riscos. Vivem-se momentos mágicos. Trágicos e nostálgicos.
O que me vai acontecer, contêm uma sensação esquisita. Um sentido de perda enorme e um frio na espinha que abalam todas as estruturas do meu ser. Como um descalabro ou um terramoto que deitou por terra muitos anos bons.

Até um dia, Amor.


Vou ter saudades do teu sorriso e dos teus pés pequeninos.
Vou ter saudades da tua mão amiga com que me afagavas.
Vou ter saudades de te acenar da janela quando partias.
Vou ter saudades da tua companhia.

Tantas, que ao dedicar-te este sentimento, me sinto nada só de as pensar.