2.9.03



Para quem gosta de amigos

O Pastilhas.
Isto não é graxa! É uma constatação de que pode haver na Internet onde, sem se conhecer ninguém de parte alguma, se ganham amigos invisíveis de que gostamos automáticamente pelas palavras, pelo tom e pelo tema. No inverso, percebe-se à primeira quem não entende a filosofia para que foi criado e, ao contrário do que se possa imaginar, ninguém é posto de parte de forma literal. São todos senhores do seu nariz e existem os “timings” correctos para colocar-mo-nos ao fresco durante o tempo que se quiser.
Qualquer um sabe que foi, e é, o Miguel Esteves Cardoso que o programou. Não me vou atrever sequer a dizer que o gajo tá mais preocupado com o blog dele ou que possa ter o tempo organizado ao segundo e ao milímetro para não “assistir” mais de perto os “doentes” que inventou e criou. Não. Outros blogs há, que são maçudos, um pouco pretensiosos (mas isso não vem ao caso), que nos proporcionam momentos menos quentes e dos quais se nota uma certa submissão cultural, masoquista, amigável,chame-se o que quiser porque do Tempo faz cada um o que melhor entender.
Ali é um pouco diferente. Todos já sabem andar de pé e deslocam-se sózinhos ao w.c..
Falar com os outros, como quem diz um “Olá, bom dia a todos” é de importância extrema neste mundo virtual. Naquele site (é erro afirmar-se como blog) ainda não se foi “colonizado” pelo sistema temático do windowismo ou do webloggismo. Bem situadas as intervenções, consegue-se aprender a falar de coisas novas e, ao mesmo tempo, de coisas de todos os dias. Dias simples na vida de cada um de onde se roubam aprendizagens e se podem imitar modelos. Descobrir em cada “ela” ou “ele” dos que lá vão uma forma diferente de respirar, de transmitir, de partilhar. São sinais de que existe a certeza que, se se quiser, a liberdade não mais será alterada por despotismos ou coisa que o valha.
Mesmo que se esteja em desacordo ou que não se queira lá ir.

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