2.5.04



Hoje, Dia da Mãe, recordo que passou já um ano a transcrever e descobrir coisas bonitas, gente afável, feliz, e muitas mães neste blog.
Mãe, há quem a tenha já perdido. A qualquer momento outras mulheres descobrem que o vão ser. Ser mãe parece ser inatingível, inultrapassável, um estado de graça que perdura pela vida. Para todas as Mães manifesto aqui o meu carinho como um filho. Como faço com a minha sempre que posso.



Recordo, com saudade, uma dedicatória do ano passado, pelo João Lamas a sua mãe, que ainda hoje me sensibiliza:

"Mãe, lembrei-me hoje muito de ti e fui aos meus papéis buscar o único documento escrito que sabias fazer: a tua assinatura.
Quando nasceste, na tua e minha aldeia, campónios não iam para escola, e tu também não. Mas quando te apercebeste, à beira do casamento, que havia gente que se identificava através da assinatura de um estranho a rogo de, a determinação de mulher forte que sempre foste levou-te a aprender as primeiras letras para ao menos saber fazer teu nome.
Mãe, nunca mais escreveste nada. Mas eu sei que a tua assinatura testemunha uma grande obra. Por isso a vim colocar na Internet que espero também chegue ao céu onde te encontras.
Apoiado na tua assinatura, grito ao mundo inteiro o meu grande orgulho em ser teu filho."





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