5.3.04



Revelações estatísticas

Um blog é parecido com o bacalhau: faz-se da forma que se quiser. Por isso, e como não tenho mais nada p’ra fazer, fui tentar compreender o ranking das preferências temáticas da blogodependência nacional. Por conta própria.

75 % preferem temas de sexo ou com assuntos a roçar o dito. De preferência, com bastante “picante” sem cair no obsceno.
45 % das pessoas que “descobriram” a blogalização encaixam os seus segredos para a temática poética. Versões ligth, poemas inéditos e razões de sobra para escrever o que lhes vai na sensível parte espírita do corpo. Fazem bem, digo eu, e têm mais comentários que os acima referidos desde que o meu pipi (dele) acabou.
Quem está por baixo é a rapaziada da “bola”. Apenas 5 % dos que tratam do assunto são lidos com regularidade. Os picos mais altos sucedem-se aquando alguma desgraça acontece, ou uma vitória extra muros de uma equipa portuguesa ou da selecção nacional.
Existem determinadas variantes que possibilitam mais leituras obrigatórias em blogs. Por exemplo: 36 % não dispensam os que tratam de absorvências diárias. Tipo escândalos sociais, notícias detalhadas sobre as lides políticas e coisas do género.
Ainda assim, e não saindo da “música” que eles nos dão, 26 % dos “musicais” contam com a visita diária de uma boa parte dos bloguenses cá da zona. Já os tradicionais “jet 7” dos bolgs caíram, assustadoramente, para 32% das leituras que tinham à uns meses atrás.
Os regionalistas também não estão lá (cá) muito bem. 12 % é que, de quando em vez, vão à terra deles.
Apenas os generalistas vão mantendo algum equilíbrio. 49 % vão mantendo o sentido editorial que editaram e assim seguem o seu percurso. Calmo e penoso. Até sem muita regularidade mas contam com os seus fiéis.
Dos Infantis nem falar. Compreendemos que a escola, os testes, os exames, param a actividade virtual das gaiatas e dos gaiatos. Mas, diga-se de passagem, quase ninguém liga aos putos. Estão abaixo dos 5 % das preferências.

Por mim, não me queixo. Quem está, está, quem vai, vai.
Mas na apreciação geral podíamos ser melhores. Até por uma questão de orgulho patriótico. Afinal, que diabo, não somos piores que outros que fazem blogs. Somos portugueses, mas falta-nos um bocadinho assim...

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