16.7.04


Como está?
 
Vá lá a gente perceber os blogs. Ou melhor, perceber quem escreve nos blogs.
Já há um tempo a esta parte notei que muita boa gente ao desistir de um blog, ou de o fazer individualmente, se organizava de forma a que continuasse neste exercício salutar que é o da escrita. A dois, a três, em grupo, ou noutro sítio qualquer. Bem ou mal, continuam. Divulgam, partilham, denunciam, inovam, descobrem, lamentam, mas trocam mimos, acenos, brejeirices e algumas experiências agradáveis. Podemos não gostar deles, ou delas, pela forma como se nos impõem mas volta e meia estamos lá caídos (falo pela família).
O que leva uma pessoa a desistir de um blog?
Falta de assunto? Não!
Falta de tempo? hehe…deixa-me rir.
Calculo que sei a causa porque já passei por isso. Uma delas é porque não se tem o back não sei quantos e uma pessoa chega a uma determinada altura e parece que está a escrevinhar para o boneco. Então descobri há uns meses a forma de não me sentir um pobre coitado que anda aqui a tentar mostrar-se resolvendo o “problema psicológico da não aceitação”: coloquei um contador.
Para além das sete visitas que tive sempre garantidas verifiquei que, afinal, sempre havia mais gente à portinhola deste espaço e fui criando laços de amizade virtual com quem nem sequer conheço realmente. Porque depois sucede um “vens cá tu e agora vou lá eu” e a malta vai dizendo uns disparates e assim, e a coisa prolifera. E o facto é que cá continuo há mais de um ano, quer cá venham sete ou setecentos. Infelizmente, por um lado, a ver partir pessoas que estimo e a que me habituei a ler diariamente ou quase. Por outro, alegremente e quase aos saltos porque se está sempre a aprender e a renovar, ou descobrir, conhecimentos e/ou mais blogs.
E o que é um blog? perguntam. Repondo algum contra senso nesta crónica que já vai longa, um blog é o que se quiser que seja. Tanto pode ser um chavelho que trazemos ao pescoço pendurado, como o livro aberto da nossa vida ou uma janela para dizer bom dia a quem por cá passar.
De um blog pode até fazer-se um filme, uma causa, um casamento, uma caldeirada. Mesmo que não sejam obrigados a comentar um simples olá, pá! tás bom? o que um blog não tem que ser é a negação da nossa própria maneira de estar na vida. A partir daí é tudo lucro.
Digo eu, sei lá.
 
Bom dia!

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